
Uma das primeiras obras que vi sobre o gênero foi Dácula de Bram Stoker, dirigido por Francis Ford Coppola e lançado em 1992. Com um elenco de peso, composto por Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins e Keanu Reeves, o diretor buscou neste longa-metragem ser fiel ao livro de Bram Stoker, mostrando como nasceu o mito ‘Drácula’, passando pela sua morte de maneira trágica e o estopim para sua transformação em um imortal e senhor das trevas.
Depois disso, consegui ver o clássico Entrevista com o Vampiro, dirigido por Neil Jordan e lançado em 1994. Escrito por Anne Ricce e publicado em 1973, pra mim é um dos grandes filmes vampirescos que o cinema já produziu. A trajetória do vampiro Louis de mais de 200 anos é extremamente interessante, principalmente pela maneira atormentada que ele vive consigo mesmo, por ter se tornado um vampiro que saboreia os sabores da vida para sustentar a sua própria existência.
Entre os anos 90 e 2000, os jogos de RPG (Role-playing game) também passaram a contribuir para que os vampiros ficassem ainda mais famosos. Assim como também os remakes de alguns filmes. O diretor Wes Craven, por exemplo, lançou algumas refilmagens baseadas na vida de Drácula. Todas péssimas, por sinal, mas que fazem parte da história, infelizmente. Um outro diretor, John Carpenter, dirigiu Vampiros que, se não é um filme genial, consegue ser até mediano em relação aos outros.
Também teve a franquia Blade: o caçador de vampiros e outros filmes que vieram posteriormente. Atualmente, a febre tem aumentado com o lançamentos dos livros da Stephanie Meyer e, consequentemente, os seus filmes. Crepúsculo, por exemplo, foi bastante assistido em todo o mundo (e não estou aqui averiguando a qualidade da obra, que é péssima em todos os sentidos). De qualquer maneira, fez sucesso, aumentou a popularidade dos vampiros e fez com que o mercado voltasse a acreditar nas tramas vampirescas.
Porém, parece que é a HBO quem está lucrando muito com todo esse mercado. A série True Blood tem conseguido número espetaculares na audiência. Não somente isso, o criador do seriado, Alan Ball (também responsável por Six Feet Under), soube criar uma trama cheia de experimentações e reformulações. Primeiro, ela chama atenção pelo fato dos vampiros conviverem livremente com os humanos. Em cima disso, o roteiro da série cria um debate muito inteligente, além também de ter um foco voltado para todas as crenças que as pessoas possuem.
A introdução de True Blood é um exemplo muito claro disso. Ao colocar as pessoas rezando, além de objetos que são diretamente ligados aos vampiros, ela tenta se desvencilhar um pouco disso. Como não podia faltar, o encantamento da estória também está no romance entre Bill Compton e Sookie Stackhouse, ou seja, o amor entre uma humana e um vampiro, que sempre será o grande carro-chefe para que estas estórias possam continuar sendo contadas.
Uma outra série que também apostou neste quesito foi Moonlight, do produtor Joel Silver. É bem verdade que o programa foi cancelado pelo canal CBS, mas uma coisa é certa: os roteiristas estavam conseguindo encontrar uma identidade interessante para a série. O amor também era o ponto de partida da série, já que Mick St. John se apaixona pela jornalista Beth Turner. Mas a trama de Moonlight também se concentrava no passado de Mick, desde o momento em que foi mordido por uma vampira por quem tinha se apaixonado.
Querendo ou não, os vampiros possuem um lado charmoso e um glamour que ainda encanta as pessoas. Vendo os filmes, qualquer pessoa passa a acreditar na lenda e a querer ser um vampiro por toda a crença, popularidade e ocultismo que está em torno deles. O cinema lucra muito com estas estórias, assim como televisão. Nem sempre temos a oportunidade de ver bons filmes, mas todos eles encaram os vampiros da mesma forma: um mundo onde as leis são feitas por eles mesmos.
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